terça-feira, 27 de julho de 2010

História da porcelana - no Brasil

O povo indígena, no passado, gozaram de muito prestígio na produção de obras cerâmicas, pois realmente, deixaram trabalhos que hoje bastam para comprovar sua capacidade e inteligência na técnica de plasmar a argila. Contudo, não é possível precisar com segurança a região exata em que se fabricaram peças de cerâmica pela primeira vez no Brasil.
Durante os períodos colonial e imperial, teve grande aceitação, sobretudo entre os nobres, cujo hábito, herdamos dos portugueses a louça brasonada. O uso da louça e da porcelana foi em seguida se generalizando em todo o Brasil, substituindo desse modo as antigas baixelas de mesa, comumente de estanho, de prata e de ouro.
Em fins do século XVIII, o químico e mineralogista João Manso Pereira, se mostrou capaz de fabricar com argilas do país, "obra semelhante à da Saxônia e de Sèvres", as quais tratam-se de três "pseudo-camafeus" ovais e um medalhão oval, com figuras da nobreza então reinante.
Efetivamente, a primeira fábrica a produzir industrialmente a louça de pedra no Brasil, foi aquela inaugurada em 1913 no bairro de Água Branca, em São Paulo, sob a razão social de Fagundes & Ranzini. A firma contratou na Itália, em 1912, por intermédio do Consulado Brasileiro de Milão, o então conceituado técnico ceramista José Zappi, indicado pela Cooperativa Cerâmica di Imola, de que fora presidente.
Uma vez findo seu contrato de três anos, José Zappi permaneceu no Brasil emprestando seus amplos conhecimentos de ceramista a outras firmas que se fundaram em seguida no Estado de São Paulo: na Capital, São Caetano do Sul e em Pedreira.

História da porcelana

A história da porcelana remonta ao século VII, quando já era conhecida pelos chineses. Mas só no século IX passou a ser produzida na sua forma limpa, translúcida e branca. Registram alguns livros históricos, que foi o italiano Marco Polo o responsável pela divulgação do produto na Europa sendo, inclusive, o autor do nome "porcelana", que significa China, e que utilizava nos artigos que escrevia sobre o produto na época.
Durante o século XVI, na Europa, a porcelana passou a ser usada com ostentação, para servir bebidas quentes, como chá, café e cacau.
Com o tempo, passou a ser hábito, principalmente nas casas dos nobres expor as peças de porcelana como verdadeiras obras de arte, pendurando-as na parede.
Nos palácios, no século XVII, as porcelanas se sobressaiam em formas gigantescas, constituindo, assim, verdadeiros pavilhões em sua homenagem.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Fundação de Pedreira

Pedreira nasce do sonho de um homem. Um dia, o Cel. João Pedro de Godoy Moreira acordou determinado a transformar a sua fazenda em uma cidade e arregaçou as mangas: loteou os terrenos, fez arruamentos, doou terrenos para a construção da Capela de Sant'Ana, localizada no largo da antiga Estação da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, da Delegacia, da Cadeia e Casa da Câmara, localizadas na Praça Cel. João Pedro, o hospital para o isolamento de doentes de moléstias contagiosas, conhecido como "Hospital de Isolamento" ou "Lazareto" e o cemitério. Fez demandas à Comarca de Amparo para a elevação da vila em Município. Encontrou resistências; não desistiu, pelo contrário, insistiu até obter o que queria. Foi a São Paulo, também enfrentou a burocracia. Elevou a vila à Capela Curada, depois à cidade. Fez festa, comemorou e o Bairro dos Pedros transformou-se em Santana de Pedreira, mais tarde, Pedreira.
A Fazenda Grande como era chamada foi dividida na partilha de bens de seu pai, o Tenente Cel. João Pedro de Godoy Moreira em 1864, cabendo a seu filho, o Cel. João Pedro de Godoy Moreira a área conhecida como a Fazenda Triunfo, onde até abril de 2007, existia a casa que pertenceu ao Cel. João Pedro. Após a partilha de bens, o Cel. João Pedro foi adquirindo as terras que foram herdadas pelos seus irmãos e passou a ser dono do terreno onde hoje se encontra a praça que tem seu nome e que foi o núcleo originário da cidade.
Após a morte de seu pai, o Cel. João Pedro assume seu lugar na família e na política local, tornando-se um dos mais prestigiosos chefes políticos de Amparo. Foi fazendeiro, industrial, negociante, banqueiro e construiu um patrimônio considerável. Mas foi várias vezes vereador, Juiz de Paz, Sub-delegado. Era maçon, fundando a Maçonaria em Pedreira. Lutou pela estrada de ferro passar em Pedreira e pela emancipação da cidade que ele ajudou a construir.
Descendia de uma família quatrocentona, que iniciou-se com a vinda do primeiro patriarca na expedição de Martin Afonso de Sousa. Esta família fez parte da história de São Paulo, Mogi das Cruzes, Atibaia e Amparo, onde seu avô já se encontrava instalado como fazendeiro em 1801. Descende, assim, de bandeirantes, fundadores de cidades em São Paulo, Minas e Goiás. Talvez estivesse em seu sangue o empreendedorismo que tanto o caracterizou em vida. Casou-se em primeiras núpcias com Francisca Eugênia Alves Moreira e em segundas núpcias com Virgília Silveira Arruda, sua sobrinha.
Na atual Praça Cel. João Pedro localizava-se a sede da Fazenda Grande da qual fazia parte a casa conhecida como "Casa do Cel.". A propriedade ocupava quase todo o lado esquerdo da antiga rua, que a estrada de ferro cortava ao meio. Esta região, denominada Fazenda Santana, havia sido herdada por Joaquim Pedro de Godoy Moreira no inventário de Anna Franco da Cunha. Ao morrer herda a propriedade seu único filho, José Pedro de Arruda de Godoy Moreira, esposo de Virgília Silveira de Arruda de Godoy Moreira, sobrinha e segunda esposa do Cel. João Pedro de Godoy Moreira.
Em 13 de dezembro de 1887, o Cel. João Pedro de Godoy Moreira compra esta propriedade da viúva Maria Luiza de Arruda e de seu sobrinho por 16 contos de réis. De posse deste terreno, mais uma área de 29 hectares e 4 ares, que possuia e que fazia limites com a fazenda comprada, resolve lotear e arruar estas terras e dar início à cidade de Pedreira, que por seu esforço pessoal torna-se Distrito Policial em 1890, Capela Curada em junho de 1892, Distrito de Paz e Freguesia em 22 de dezembro de 1890 e Município em 31 de outubro de 1896.
Nesta época, Pedreira já estava povoada pelos imigrantes italianos que haviam vindo para trabalhar na lavoura de café. Mas muitos deles já eram proprietários de estabelecimentos comerciais e industriais que deram a configuração ao município de uma cidade industrial e moderna, vindo a destacar na industrialização a produção de porcelana que teve seu início em 1914, com a instalação da Fábrica de Louças Santa Rita, dos irmãos Angelo e Antonio Rizzi, além da Cerâmica Santana em 1941 e a Nadir Figueiredo em 1943, que sobressaem entre as primeiras indústrias do gênero, vindo a seguir dezenas de outras que configuraram o parque industrial de Pedreira.

Por que Pedreira?

Apesar das muitas pedras desta região, principalmente dentro do rio Jaguari, para onde a multimilenar erosão as carreou, o topônimo PEDREIRA tem outra origem, não das pedras, mas dos muitos PEDRO existente na família do fundador da cidade, o Cel. João Pedro de Godoy Moreira, que teve como irmãos, Antonio PEDRO, José PEDRO, Joaquim PEDRO e Bento PEDRO, e seu pai que também se chamava João PEDRO, visto que o verdadeiro nome do Cel. João Pedro era João Batista de Godoy Moreira, e com a morte de seu pai em 1864, o filho passa a adotar o nome do seu pai e se empenhar para transformar sua fazenda na Vila de Pedreira e futuramente no Município de Pedreira.
Daí então o lugar se denominar inicialmente de "Sertão do Jaguary", anos após, "Bairro do Cascalho", em seguida, "Bairro dos Pedros", "Estação Pedreira", quando da construção da Estação da Mogiana de Estradas de Ferro em 1875. Em 1890 é elevada à categoria de "Freguesia de Pedreira" e finalmente "PEDREIRA", quando foi emancipada em 31 de outubro de 1896, através da Lei n.º 450.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Perfil

Promover a preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural, arqueológico, ambiental e turístico de Pedreira-SP, através da divulgação e valorização de seus aspectos culturais, costumes e tradições, tendo para isso o uso de ações que fortaleçam a transformação da informação em conhecimento, garantindo o desenvolvimento sustentável a partir de sua diversidade ambiental, com seus recursos naturais, históricos e culturais, proporcionando incentivos para o uso das informações para fins de pesquisas, estudos e atratividade turística, promovendo a educação e a interpretação da paisagem, seja em contato com a flora e fauna ou com seus segmentos turísticos oferecidos pelo município através de suas áreas de lazer, atividades culturais e centros comerciais e industriais.
De modo geral, contribuir para o conhecimento da cultura local, fortalecendo sua identidade, auxiliando na preservação dos valores sociais e na harmonia entre turistas, visitantes e residentes, num intercâmbio de experiências de vida e de novos conhecimentos.